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quinta-feira, 1 de março de 2018

LENDAS DA BOCA DO LIXO

Ah! Esqueci de dizer: João Acácio, o Bandido da Luz Vermelha, virou filme de sucesso no final dos anos de 1960. É como se diz uma filme-biografia em tela grande de Rogério Sganzerla. E houve duas versões, uma em preto e branco e outra a cores. Nessa última versão, o cantor rei do bolero Roberto Luna, paraibano de Serraria está lá. Ao lembrar disso lembro também que em algum lugar do acervo do Instituto Memória Brasil, IMB, há uma carta manuscrita que o bandido me confiou para entregar ao então presidente general da República João Figueiredo.
E como uma coisa puxa a outra, lembro-me que também entrevistei o rei da Boca do lixo Hiroito de Moraes Joanides (1936-1992).
A entrevista que fiz com Hiroito foi publicada nos jornais paulistanos Notícias Populares e Folha de S.Paulo. Isso em fins de 1977.
Além de Hiroito e utras figuras do crime também entrevistei Quinzinho.
Quinzinho era a pedra do sapato de Hiroito. Os dois viviam aos berros e tapas.
Hiroito, como Quinzinho, atirava muito bem e a navalha era a surpresa que guardava para os inimigos, como Quinzinho.
Quinzinho morreu depois de atropelado na Av. São João. Hiroito morreu de morte natural.
Hiroito também foi para atela de cinema. Quinzinho não.
A entrevista que eu fiz com Quinzinho foi publicada no tablóide independente Feijão com Arroz, que durou apenas 5 números. Detalhe: esse foi o único jornal que acolheu nas suas páginas uma coluna assinada pelo compositor Adoniran Barbosa (1910-1982).
E como uma coisa puxa a outra... Pois é, também entrevistei o pioneiro do cinema marginal no Brasil: Ozualdo Candeias (1935-2014).
A entrevista que fiz com Candeias, chamado de cineasta rei da Boca do lixo, ocorreu no programa radiofônico São Paulo Capital Nordeste, que apresentei durante pouco mais de 6 anos na Rádio Capitam AM 1040.
Pois é.


O POVO E QUINZINHO

Embora perigoso como Hiroito, Quinzinho era chamado de malandro. Lembrei-lhe disso no correr da entrevista que fiz com ele para O Feijão com Arroz, e ele: "Malandro é o povo que vive de salário mínimo".

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