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sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

O Brasil do Carnaval

O meu bloco é legal.
É melhor do que o teu.
No meu bloco tem o Japa
Grampeando o Zé Dirceu.

O Japa e Sérgio Mouro
Estão nas ruas, em ação
Caçando cabra safado
Que roubaram a Nação

O Brasil está doente. A doença é grave, o paciente geme. O paciente está atordoado e, aparentemente, abandonado.
O Brasil está doente, geme e o agridem de todas as formas.
Skindô!
Em algumas regiões do Brasil, o carnaval começou em janeiro. Janeiro do ano passado. Na Bahia, por exemplo, os baianos dançam, dançam e dançam  sem se cansar. Quanta alegria! Será mesmo alegria o que os foliões que dançam o ano inteiro sentem?
O Brasil está doente, o Brasil está sendo ludibriado.
Na avenida, as escolas de samba se preparam para apresentar seus enredos e baticumbuns com passistas radiantes enfeitiçando e despertando a gula dos foliões. É um bonito espetáculo.
Sem dúvida, é bonito o espetáculo que normalmente as escolas apresentam na avenida. De repente, personagens históricos do mundo todo ressurgem como num passo de mágica, do nada.  Cabral, por exemplo, e Tiradentes, Calabar, Nassau e Chica da Silva já apareceram  dessa forma com suas particularidades aos olhos de todo mundo. Agora mesmo quem vai aparecer é o Dom Quixote em mágica dos carnavalescos da escola de samba Mocidade Independente de Padre Miguel.

Confira:





Se eu gosto dos carnavais de hoje? Se eu gosto ou não gosto, essa não é a questão. A questão é o carnaval de hoje, com muito luxo e dinheiro, é feito para os olhos e prazer dos turistas. Nessa,  o povo está de fora. E lembrar que a escola – incluindo a expressão – foi criada pelo povo, doi. A primeira escola chamou-se Deixa Falar.

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