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segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

MILAGRE DO PADRE CÍCERO

Ontem falei do baiano Assis Valente, autor do clássico natalino Boas Festas. Essa é a mais bela música do gênero, que trás um tal de Papai Noel como exemplo de bondade. Nas origens, até poderia ser como tal reconhecido ou entendido. Nos dias atuais, o personagem, na origem Claus, não faz sentido: o sistema criticado e explicado por Marx.
Digo isso e lembro com tristeza, o caso daquele “Papai Noel” que, há cerca de dois meses sequestrou o piloto e seu helicóptero o campo de Marte.
Mas, na verdade, nem é sobre isso que quero aqui falar.
Eu quero falar hoje de um personagem muito importante dos brasileiros mais simples, do Nordeste.
No último dia 13 o Papa Francisco mandou uma carta à Diocese do Crato (CE) em que pede perdão ao padre Cícero Romão Batista, pelo fato da Igreja não tê-lo reconhecido como partícipe do “milagre da hóstia”.
Em 1881, durante celebração de uma missa, o padre Ciço espantou os fiés no momento em que pôs uma hóstia na boca de uma beata, que se transformou em sangue. A história é conhecida.
O padre Cícero Romão Batista é santo para os nordestinos desde então.

Ontem, mais de cem mil romeiros foram ao Crato (CE), clamar pelo reconhecimento do Ciço como santo oficial da Igreja Católica. 

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