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quinta-feira, 12 de novembro de 2015

BRASIL E RANGEL JUNIOR

Ouço no Rádio notícia dando conta que Collor está mais enrolado do que arame farpado, com três ou quatro processos correndo na área da Justiça. Também ouço no Rádio que o Presidente do Senado Renan está em situação, de novo, idêntica à do seu conterrâneo de Alagoas, onde o filho Renanzinho impera como Governador eleito nas últimas fraudes.

E como se não bastasse, o Rádio ainda me diz que o Presidente da Câmara – vocês sabem quem é – que pôs até o nome da sua santa mãe no enrosco em que se acha. Vejam só! Fora esses, há mais uns quarenta parlamentares envolvidos nas tramoias que a lava jato está trazendo a tona.

Coisa de Ali Baba, dos meus tempos de histórias infantis...

O mar de lama que ora devasta Mariana, MG, e redondezas até Espírito Santo, ES, parece ser menor do que o mar de lama que engoliu os homenzinhos que legislam a seu favor e usam a democracia e o nome do povo, e de Deus, em benefício próprio.

Quando será que o nosso Brasil tão judiado voltará a deslizar nos trilhos com firmeza em direção ao progresso, hein?

Bom, mas não é exatamente disso que eu quero falar.

Vocês já ouviram falar no paraibano Rangel Júnior?

A Paraíba, como todo mundo sabe, é um dos nove Estados nordestinos. Lá tem gente muito legal; gente que ganhou e ganha espaço bem arejado na história do Brasil, por trabalhar de modo sério e competente.

Em 1950, o pernambucano Luiz Gonzaga lançou em praça pública, em Campina Grande, o baião que até hoje dá o que falar: Paraíba, que já foi gravado até em japonês.

Ouça:




Paraíba foi lançado no mesmo ano em que seus autores (Gonzaga e Humberto Teixeira) lançaram também Juazeiro, que logo depois a norte-americana Peggy Lee pegou a novidade e gravou na sua voz, sem, porém, dar os créditos  de praxe aos autores.  

Detalhe: originalmente, o baião Paraíba foi composto como jingle; e como tal foi lançado à praça tornando-se um clássico da música brasileira.

Rangel Junior nasceu numa cidade do Cariri paraibano, Juazeirinho.

Juazeirinho fica a pouco mais de 200 quilômetros de João Pessoa, a minha terra.

Profissional da Psicologia, doutor em Educação, reitor da Universidade Estadual da Paraíba.  Político como todo ser antenado, Rangel é violonista, compositor e cantor, dos melhores. Ele tem alma e estilo próprios. Não dá para compará-lo a outro grande artista daquelas bandas, Biliu de Campina por exemplo.

Na música popular, Rangel navega por vários ritmos: xote, forró, baião, coco e até samba de breque.

Rangel Junior é o único cantor-reitor que conheço no nosso País, e duvido que haja outro por aí mundo afora.




Um comentário:

  1. Meu querido poeta.
    Você enche o mundo com sua gentileza e enche também os corações alheios com sua enorme galhardia ao falar do Brasil e dos brasileiros, dos brasileiros "lá de nós". Não de um "Zé Qualquer", como dizia Jessier Quirino, mas de um "Antõe Qualquer", que nem este que passou feito um cometa e ficou com saudade imensa de não poder ficar mais. Como diz Rolando Boldrin, vamos tirar esse Brasil da gaveta. O Instituto Memória Brasil vai fazer isso. Vamossimbora! Há moinhos a vencer!

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