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domingo, 25 de agosto de 2013

A RENÚNCIA DE JÂNIO

A noite de 25 de agosto de 1961 findou com os brasileiros tontos com a renúncia de Jânio Quadros, ao cargo de 22º presidente da República.
Eu tinha nove anos de idade e não sabia o que isso significava para o País.
Fiquei sabendo pouco tempo depois, com a tomada do poder pelos militares.
Jânio governou o Brasil por exatos seis meses e 27 dias.
Mas ele não foi o presidente que menos tempo ficou no poder.
Essa façanha coube ao presidente da Câmara dos Deputados Carlos Luz, que assumiu o governo no dia 8 de novembro de 1955, após um enfarto sofrido por Café Filho, vice de Vargas.
A permanência de Luz no cargo durou apenas três dias.
O segundo cidadão a ocupar de modo breve a presidência da República foi o também presidente da Câmara, Ranieri Mazzili. Seu tempo: 13 dias, a partir do golpe que derrubou Jango, vice de Jânio, e levou o marechal Castelo Branco a iniciar o ciclo de governo militar que se estendeu por 21 longos anos.
Detalhe: Mazzili esteve nesse cargo por duas vezes.
A primeira durou 14 dias, em substituição a Jânio.
Café Filho tentou voltar ao poder, mas o Senado impediu. O seu presidente, Nereu Ramos, esquentou a cadeira de chefe do País por dois meses e 21 dias, até passar o bastão ao presidente eleito pelas urnas, Juscelino Kubitschek, no dia 31 de janeiro de 1956. 
Uma vez, como chefe de reportagem do jornal O Estado de S.Paulo, entrevistei Jânio (acima) no seu gabinete de prefeito, no Ibirapuera. Lá pras tantas, perguntei a razão da sua renúncia à Presidência. 
Como resposta, ele deu uma estrepitosa gargalhada. 
Fica o registro.

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