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sábado, 1 de agosto de 2009

TINA

Tina Cretina é uma gata vira-lata, mas ela não gosta do sobrenome que lhe aplico nas horas em que me tira do sério e fico bravo. Hoje, por exemplo: está com a macaca, como dizemos no Nordeste. Subiu numa mesa, noutra, deu saltos mortais, miou, derrubou milhões de coisas que não devia derrubar, arranhou sofás da sala e pulou na cabeça de Lampião e Maria Bonita com gosto de gás. Lampa ficou sem um braço, Bonita com um olho vazado. Da minha coleção de barros a Vitalino, poucas miniaturas ficaram ilesas. São Francisco escapou por milagre, o mesmo não sucedendo a Luiz Gonzaga e Patativa do Assaré. Gonzaga perdeu o chapéu de couro, Patativa a bengalinha... Enquanto eu dizia, pera, pera, pára Tina! Ela nem-nem, fazia pouco, se atirava ao chão que nem uma doida. Um pouco à distância, fiquei cubando o seu comportamento pra mim um tanto fora de ordem, meio acriançado; e não é que vi na cara dela,nos eus olhos sonsos, um sorriso maroto, sarcástico, como quem diz: pois é, não quer brincar comigo... Comentei com a minha companheira: será que...? É, apartou ela antes mesmo de eu terminar a frase: ela quer carinho, como todos os seres vivos. E foi aí que me lembrei de uma fala que ouvi ontem no filme O Menino da Porteira, versão de 1977: “A mulher, cavalo e cachorro carinho nunca é demais”. E lá fui eu fazer carinho, e não é que deu certo? Xodó da minha caçula Clarissa, eu acho agora Tina uma graça também. Sabe o seu jeito leve de andar, de comer, beber água, de miar...? O seu é um miado diferente dos miados dos outros gatos, especialmente dos gatos da capital. Corri e fui ver seu atestado de nascimento. Nele está escrito que nasceu no interior de São Paulo, a danada, daí certamente o seu miado diferente.. Como a encontramos? Por acaso, no Centro de Adoção de Cães e Gatos da Avenida Paulista. ........................ PLOCAS & BOAS - Será que o rei do Maranhão tem gato, mulher e cachorro? Como será o cachorro do Sarney? - Lula finalmente parece que abandonou o rei à própria sorte. Já era tempo. Mas é pouco: é preciso uma limpeza geral no Senado. E também na Câmara e também... É preciso uma retomada de consciência nacional. - Bons tempos os tempos em que políticos da linhagem de um João Teodoro, presidente da província de São Paulo no século 18, dispensavam as vantagens que o cargo por direito o Estado oferecia. Mas, enfim, ainda acho que o Brasil tem jeito.

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