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quarta-feira, 27 de março de 2024
VAMOS BRINCAR DE CIRCO?
terça-feira, 26 de março de 2024
CENSURA É UMA MERDA!
segunda-feira, 25 de março de 2024
LICENCIOSIDADE NA CULTURA POPULAR (84)
Desde sempre mil histórias de safadeza são descobertas e contadas pra quem quiser ouvir.
O Papa Francisco, escolhido por seus pares cardeais em 2013, assumiu o cargo dizendo a que vinha. E não demorou a abrir a caixinha dita de Pandora cheia de pecados cabeludos cometidos por padres, freiras e noviços ao longo da história da santa Igreja Católica.
Ao denunciar em público o comportamento delituoso de religiosos, Francisco por muitos foi amaldiçoado e por pouco não sucumbiu no fogaréu do Inferno. Disse coisas assim:
“Diante dos abusos cometidos por membros da Igreja, não basta pedir perdão”
E continuou:
“Trabalhamos por muito tempo sobre este assunto. Suspendemos vários clérigos, que foram despedidos por isso”.
Falou também de freiras que se comportam diferentemente do que orienta a Igreja:
“Não sei se o processo (canônico) terminou, mas também dissolvemos algumas congregações femininas que estiveram muito vinculadas à corrupção”.
Vale a pena ler o livro Erotismo, do francês Georges Bataille (1897-1962).
Vale a pena também ler o livro A Religiosa, de Denis Diderot (1713-1784), mesmo autor de Carta sobre os Cegos para uso daqueles que vêem.
Diderot estudou em colégios de jesuítas, mas não virou padre. Virou ateu cáustico crítico da Igreja Católica. Dizia ser menos penoso negar a Deus do que aceitá-lo, por isso foi preso.
Vale a pena também ler Decamerão, do escrachado Boccaccio. O livro trata de amor e moralismo.
Foto e reproduções de Flor Maria e Anna da Hora
domingo, 24 de março de 2024
LICENCIOSIDADE NA CULTURA POPULAR (83)
Camões, pelos traços de Fausto Bergocce |
Cena idêntica a essa aqui narrada acha-se no livro Os Lusíadas. É quando Netuno, incentivado por seu parceiro Baco, faz do fundo do mar emergirem monstros que botam, literalmente, pra quebrar embarcações onde se acham marujos desbravadores dos caminhos das Índias. Dito isso, digo também o óbvio: Camões inspirou-se nos escritos de Homero para compor sua fabulosa obra.
Ovídio também inspirou-se em Homero, que o tinha como mestre. Isso é válido também para Virgílio, que pôs o guerreiro troiano Enéias como herói da epopeia narrada em Eneida.
Ovídio, Virgílio, Homero…
No clássico A Divina Comédia, de Dante Alighieri, aparecem os poetas ora citados. Aparecem na primeira das três partes do livro: O Inferno.
Quando Dante morre está a sua espera, na porta do Inferno, o autor de Eneida que outro não é senão Virgílio.
Virgílio pega Dante pela mão e a ele vai mostrando os labirintos do reino de Lúcifer. O passeio é cansativo e enervante.
Depois de conhecer o Inferno, Dante segue com seu guia labirinto adentro. Chega ao Purgatório. Ali pelas proximidades vê o Limbo e almas ora apáticas, ora tensas.
Na última parte ou estação do livro, o Paraíso, se acha o grande amor de Dante: Beatriz. E mais não digo.
O amor está na vida, nos seres viventes, e nos elementos naturais: Terra, Fogo, Água e Ar.
Inferno, Canto XXXII − gravura de Gustave Doré |
O retorno do herói grego durou mais tempo do que a guerra travada em Tróia: quase duas décadas.
Ali pelo século 4 da nossa Era, um cidadão chamado Agostinho era doido por um rabo de saia. Tinha uns 15 anos quando se apaixonou por uma garotinha de 12. Queria com ela se juntar, mas as leis da época não permitiam; só depois dos 14. Volúvel, desistiu de casar com a menina. Sem ter muito o que fazer, o varão estudava e aos domingos ia com sua turma à Igreja só pra paquerar.
No texto autobiográfico Confissões, confessou Agostinho: “Eu me esbanjava e ardia nas minhas fornicações”.
Dois anos depois de deixar sua juvenil paixão, Agostinho juntou-se com uma jovem e com ela teve um filho de nome Adeodato.
Resumo da ópera: Agostinho separou-se depois de 15 anos de casamento.
Com 33 anos de idade, Agostinho converteu-se ao cristianismo pra valer a pedido da mãe, Mônica. Virou monge em Hipona, África. Morreu e virou santo. A mãe também. O pai, não sei.
sexta-feira, 22 de março de 2024
HISTÓRIA TRISTE
Hitler deu um tiro no coco em abril de 1945.
Milhares de livros já foram publicados sobre Hitler e seus comparsas nazistas.
Muitos livros eu já li sobre Hitler, nazismo e o holocausto que deixou pelo menos 6,5 milhões de pessoas mortas. Dessas eram cerca de 1,5 milhão de crianças e adolescentes.
Nada no mundo foi tão terrível como o assassinato em massa provocado pelo "Füher".
Dentre tudo que li até agora poucos me marcaram tanto como O Menino do Pijama Listrado, livro de John Boyne.
Não, esse livro não é do gênero infanto-juvenil. É trágico, terrivelmente trágico. Trata da amizade entre dois meninos de nove anos de idade nascidos num mesmo dia, num mesmo mês e de um mesmo ano: 1939.
Um dos meninos é Bruno, filho de um oficial nazista.
O pai e a mãe de Bruno, o próprio Bruno e sua irmã vivem aparentemente tranquilos num lugar qualquer da Alemanha.
Um dia, o pai do Bruno é convocado para servir na Polônia, mais precisamente nas proximidades do campo de concentração de Auschwitz. Só que quem sabe disso é o próprio oficial e para a nova casa todos vão.
O pequeno Bruno não gosta da nova moradia e diz isso o tempo todo aos pais e à irmã sempre entretida no quarto com suas inúmeras bonecas. Ela tem 13 anos e acha o irmão uma criança. Ele não gosta e brigas entre ambos se sucedem.
Sentindo-se só, sem ter com quem brincar, Bruno passa a procurar novidades na região. Esgueirando-se pela cerca do campo de concentração, ele encontra um menino da sua idade vestido com uma roupa listrada. Esse menino, Shmuel, acabou no campo junto com o pai, a mãe, a família toda.
Bruno e Samuel logo viram grandes amigos.
E mais não digo.
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